O 100Polêmica inicia hoje sua nova seção, “Cara a cara”,
onde vocês poderão conhecer um pouco mais nossos jogadores. O primeiro
entrevistado é o destaque do Flamengo na partida decisiva que manteve o clube
na primeira divisão do Campeonato Paulista. Aos 31 anos, o piracicabano Márcio
Stipp começou a jogar pelo Clube Cristóvão Colombo em 1999, permanecendo na
equipe até o ano de 2001. Após um longo tempo sem participar dos campeonatos da
FPFM, Stipp chegou ao Flamengo de Americana em 2009, onde continua até hoje.
Saiba um pouco da história e do momento atual deste torcedor do XV de
Piracicaba, que vem conseguindo bons resultados nos últimos anos.
100Polêmica: Como foi
a experiência de jogar a primeira divisão do Campeonato Paulista por Equipes? Quais
foram as dificuldades e como foi a alegria de permanecer na elite?
Stipp: Desde 2013, quando subimos
para a primeira divisão, sabíamos que seriam jogos difíceis pelo nível de
jogadores dos clubes de São Paulo. Mesmo assim, fizemos bons jogos apesar dos
placares não demonstrarem isso. A respeito da permanência da equipe na elite,
foi uma sensação de dever cumprido, pelo trabalho que fizemos durante todo o
ano.
100Polêmica: O time
superou as expectativas nos duelos contra o Clube do Botão e o Noroeste?
Stipp: Nós sabíamos que se
quiséssemos nos manter na primeira divisão do Campeonato Paulista, teríamos que
vencer as equipes do CDB e do Noroeste. Então nos preparamos ao máximo contra
os grandes times da capital, visando sempre os dois últimos jogos decisivos. E
deu certo, conseguimos atingir nossos objetivos.
100Polêmica: Como
você se sentiu sendo “o cara” da decisão?
Stipp: A pontuação foi importante,
principalmente num momento de decisão. Mas uma coisa que o Flamengo aprendeu
durante esses últimos anos foi jogar como equipe. Você sabendo que se você não
estiver bem no dia, o companheiro seu da conta do recado, faz com que você
jogue mais tranquilo e os resultados acabam aparecendo. E vamos dizer que eu
tenho um pouco de sorte contra o Noroeste, rsrs...
100Polêmica: O
Flamengo tem condições de conseguir algo melhor em 2015 ou a realidade do
Futebol de Mesa do interior nos torneios de equipes é essa mesma, brigar para
não cair?
Stipp: O campeonato de 2015 vai
estar ainda mais forte, visto pelas semifinais da Copa Estado desse ano. Este
ano foi de aprendizado para a nossa equipe. No próximo ano voltaremos mais experientes
e vamos dar trabalho para muitas equipes.
100Polêmica: O que
você acha do Campeonato por equipes? A fórmula de disputa é atraente ou poderia
ser modificada? Quais as suas sugestões?
Stipp: Eu gosto do campeonato por
equipes do jeito que está. Talvez se aumentasse para 10 o número de equipes na
Primeira Divisão.
100Polêmica: Como
você vê o desempenho individual dos jogadores da nossa região neste ano? Temos
potencial para conseguir melhores resultados?
Stipp: O interior possui jogadores
capazes de trazer grandes resultados. O que eu percebo em alguns clubes do
interior é a dificuldade em treinar duas ou mais vezes na semana. No meu caso,
nem tanto pela distancia entre Piracicaba e Americana, mas por questões
profissionais que acabam impossibilitando a ida aos treinos no Clube, o que faz
muita falta em um campeonato individual.
100Polêmica: Qual a
sua opinião sobre a criação do Open Interior pela federação? Vale a pena
participarmos ou devemos buscar um nível maior disputando com os jogadores da
capital?
Stipp: Eu acho importante a criação
do Open Interior por questões de divulgação do esporte e fazer com que o
Futebol de Mesa cresça cada vez mais. O problema é a distribuição dos
campeonatos sempre nas mesmas cidades. Eu gosto de jogar na capital,
principalmente depois que consegui chegar na primeira divisão (o que eu espero
que a nova diretoria da FPFM volte a chamar as séries de Ouro, Prata...), pois
são jogadores que eu terei que enfrentar no campeonato por equipes. Apesar de
ser muito mais difícil, você tem que se habituar com o estilo de jogo dos
jogadores da Capital.
100Polêmica: Com
relação à Taça do Interior, em que você era considerado um dos favoritos, o que
achou da competição? A federação acertou ao permitir a disputa de mais
jogadores, descaracterizando a fórmula de disputa do torneio?
Stipp: Eu particularmente não
gostei, porque gosto de campeonatos por pontos corridos, por ser mais
emocionante e por ter uma quantidade de jogos maior. Entendo que a Federação
fez aquela fórmula para atender todos os jogadores inscritos. O que não
concordei foi em saber que a disputa seria daquele jeito, dois dias antes.
100Polêmica: Como
você vê a regionalização do futebol de mesa pelo estado, através da formação de
ligas? Você acha que falta intercâmbio em nossa região ou o grande número de
datas do nosso calendário inviabiliza um número maior de disputas?
Stipp: Acredito que o numero de
jogos e torneios organizados pela Federação faz com que inviabilize um pouco os
torneios das Ligas. Pois muitas vezes em um único mês, você acaba jogando uma
rodada de equipes, um Open, além dos internos dos Clubes. Então o restante dos finais de semana você acaba
se dedicando à família.
100Polêmica: Quais
são os seus objetivos no futebol de mesa nesse final de ano e em 2015?
Stipp: Para esse final de ano, o
objetivo é continuar treinando no clube, participar dos Opens da Federação e
quem sabe no ano que vem participar de mais um Brasileiro.
Em 2013, com o time do Flamengo, na comemoração do acesso para a 1ª Divisão.
BATE-PRONTO:
Os 5 melhores
jogadores que você já enfrentou: Jeferson, Quinho,
Robertinho, Elds e Lê.
Seu grande rival:
Talvez pelo número de jogos difíceis para ambos os
lados e decisões disputadas no clube, seja o Ismael
Vitória inesquecível:
Foi um 8x7 sobre o Teruel, onde acabei passando para
as quartas de finais em num Super Open em Socorro, conseguindo minha primeira
medalha em Abertos pela Federação.
Derrota mais sofrida:
Individualmente não saberia responder, mas por equipes,
foi uma vitória com gosto de derrota na final da Copa Estado do ano passado.